Autoaceitação: como ela pode transformar sua carreira e como exercitá-la

 

A autoaceitação está ligada à autoestima, ao autoconhecimento e ao amor próprio. Assim, para ter autoaceitação é necessário ter uma boa autoestima, conhecer a si mesmo e se amar, incluindo suas qualidades e defeitos.

Essa característica influencia diversos aspectos de nossa vida. E, mesmo que muitos não se atentem para isso, a falta de autoaceitação não é prejudicial somente para nossa vida pessoal, mas também pode prejudicar a vida profissional. 

Por isso, hoje vamos falar sobre como a autoaceitação se relaciona com nossa carreira, além de maneiras para exercitá-la.

O que é autoaceitação?

O conceito de autoaceitação tem vários significados e sentidos, por isso, ele pode ser confundido com outros termos, como o amor próprio e a autoestima, por exemplo. Mas, embora sejam termos diferentes, a autoaceitação está profundamente ligada à autoestima, pois uma pessoa com boa autoestima também tem um alto grau de autoaceitação. 

Autoaceitação significa aceitar a si mesmo e gostar de si, exatamente como se é, respeitando suas escolhas, sentimento, falas, atitudes e pensamentos. Também envolve o conhecimento e a aceitação de seus pontos fortes e fracos, de suas potencialidades e limites. Assim, a autoaceitação está intimamente ligada a maneira como você lida com essas coisas, que deve ser de forma leve e pacífica.

O autoconhecimento proporcionado pela autoaceitação vai te ajudar a lidar com sua condição interior e exterior, em diferentes situações. Você passa a agir com bondade e compaixão consigo mesmo, mesmo tendo falhas e erros. Ao assumir verdadeiramente quem você é fica mais fácil lidar com seus pontos fracos e buscar a melhor versão de si, deixando para trás os pensamentos negativos e adotando uma postura positiva. Por isso, a autoaceitação tem tanto a ver com a carreira de uma pessoa. Entenda melhor:

A autoaceitação na carreira profissional

A ausência de autoaceitação leva, também, à falta de autoestima. Assim, o profissional não se sente capaz, não confia em seu potencial, não reconhece seus pontos fortes e, com isso, deixa de aproveitar diversas oportunidades para crescer. E isso prejudica não só o profissional, mas também a empresa na qual ele trabalha.

No mercado de trabalho, as empresas buscam por profissionais com autoaceitação, boa autoestima e autoconhecimento. Assim, tais características têm se tornado tão importantes quanto um bom currículo. Afinal, mesmo que você tenha as melhores especializações, nada vai adiantar se você não se sentir capaz.

Veja algumas características de quem apresenta ausência de autoaceitação:

  • Dificuldade de reconhecer seus pontos fortes;
  • Tendência em procurar culpados para os problemas;
  • Medo excessivo de rejeição e desaprovação;
  • Tendência de procrastinar;
  • Dificuldade de entender seus pontos fracos;
  • Busca constante por reconhecimento externo, assim como ausência de reconhecimento próprio;
  • Dificuldade de aceitar os próprios erros;
  • Reclamações em excesso;
  • Falta de confiança em suas habilidades;
  • Problemas em expor ideias e falar o que pensa;
  • Sensação de incapacidade diante de tarefas;
  • Costume de se comparar às outras pessoas;
  • Necessidade de competir com colegas;
  • Descrença em seu próprio potencial;
  • Dificuldade em lidar com críticas;
  • Tendência de enxergar apenas o lado negativo das coisas;
  • Necessidade de inferiorizar os outros. 

O que define uma pessoa que não tem autoaceitação?

De modo geral, uma pessoa que não se aceita, tende a:

  1. Se martirizar e se autoflagelar: quem não se aceita costuma sofrer de maneira excessiva quando as expectativas sobre si não são alcançadas. Ela quer ser algo que não é, e, quando percebe que não conseguiu, sofre muito. Além disso, ela também se pune quando faz qualquer coisa que considera errado;
  2. Ser extremamente exigente consigo mesma e se cobrar demais: ao passo em que fazer as coisas com zelo e capricho é muito satisfatório, quando ao dá errado, há uma cobrança excessiva. Ela tem o hábito de exigir de si tudo aquilo que acredita que tem que ser, ter e fazer;
  3. Nutrir um sentimento profundo de inadequação: quem não se aceita sente que seu jeito de ser e seu modo de fazer as coisas é sempre ruim e errado, sentindo-se inadequada e imprestável. Dessa maneira, em todo ambiente que frequenta se sente deslocada;
  4. Ter um sentimento de culpa constantemente: a falta de aceitação faz com que a pessoa conviva com um grande sentimento de culpa, que sempre a acompanha. Esses pensamentos negativos fazem com que ela se recrimine por tudo e se sinta muito mal quando não consegue se encaixar em algo.

A importância da autoaceitação para sua carreira

A autoaceitação revela a maneira como nos enxergamos e nos sentimos em relação a nós mesmos. Por isso, é fundamental para nossa carreira. Além de determinação e superação, construir uma autoaceitação sólida também é um fator determinante para o sucesso profissional.

Como a autoaceitação tem a ver com o conhecimento que temos de nós mesmos, ela faz com que aceitemos e aprendamos com nossos erros, para que, assim como isso nos ajuda a nos tornarmos pessoas melhores, também nos ajude a sermos profissionais mais bem capacitados e competentes. Quem reage a seus erros com maturidade, consegue enfrentá-los e tirar aprendizados. O deslize serve como lição e pode contribuir para seu crescimento em vez de sua própria condenação. 

Importante separar a autoaceitação da comodidade, e não confundir um com o outro. Se aceitar não significa se conformar com quem você é e desistir de procurar ser alguém melhor. A autoaceitação, na realidade, vai contribuir para que você melhore como pessoa e como profissional, aumentando sua autoestima e valorização pessoal. Assim como a autoaceitação promove o reconhecimento de seu potencial, também o ajuda a reconhecer os pontos que precisam ser melhorados.

Além disso, autoaceitação não é orgulho, arrogância ou vaidade. Aliás, essas características costumam ser reveladas por pessoas que têm justamente problemas em se aceitar.

A autoaceitação representa:

  • Consciência de si mesmo;
  • Consciência de pontos fortes e pontos fracos;
  • Amor próprio;
  • Responsabilidade por si mesmo.

Como desenvolver a autoaceitação?

O profissional que pretende se destacar e construir uma trajetória de impacto deve saber maneiras de desenvolver sua autoaceitação. Quem se conhece sabe valorizar a si mesmo e aos outros, com respeito e consideração.

Desenvolver sua autoaceitação vai depender do quanto você está interessado em mudar e se aprimorar. E isso tem a ver, ainda, com sua autoestima, autoconhecimento e autodesenvolvimento. 

Nem sempre é simples ou fácil, mas o processo de autoaceitação é bastante significativo. Se aceitar implica em deixar antigas ideias e preconceitos. Veja, abaixo, cinco dicas que separamos para te ajudar nesse processo:

1. Conheça melhor a si mesmo

Ter intimidade consigo mesmo é o princípio da autoaceitação, pois ela está ligada ao autoconhecimento. Além de saber seus pontos fortes e seus pontos fracos, como falamos várias vezes ao longo deste artigo, também é importante saber o que você gosta de fazer e o que te desagrada. Dedique alguns momentos do seu dia para fazer essa reflexão sobre si mesmo e descubra mais sobre você, suas preferências e estilo de vida.

2. Faça mudanças e se afaste daquilo que não te favorece

Existem diversas coisas que podemos mudar para melhor. Se você está insatisfeito com algum aspecto de sua vida, por exemplo, pense no que pode ser feito para mudar isso. Lembrando que nunca é tarde para cuidar de sua saúde, investir em seus relacionamentos ou, até mesmo, mudar de carreira

A autoaceitação ocorre quando assumimos uma postura ativa em nossa vida. Por isso, deixar para trás o que não contribui positivamente e traz pensamentos negativos também faz parte. Muitas vezes, nos prendemos àquilo que não nos faz bem e prejudica, inclusive, nossa autoestima. Portanto, estabeleça limites e retire de sua vida o que não é bom. Essa é uma importante atitude para o processo de autoaceitação, porque influencia em sua valorização própria.

3. Se aproxime do que te faz bem

Por outro lado, estar perto de pessoas e daquilo que nos faz bem é uma forma de autovalorização e de aumentar nossa autoestima, além de nos auxiliar e nos inspirar a ser pessoas melhores e ir atrás de nossos sonhos. Também, procure ter momentos para si mesmo e invista em programas que te trazem alegria. 

4. Pare de se comparar

Essa dica tem tudo a ver com autoaceitação. A comparação rouba nosso contentamento e autoestima; ela nos faz ter pensamentos negativos sobre nós mesmos e que queiramos ser/ter o que outras pessoas são/têm. 

É importante focar em si mesmo e parar de idealizar a vida dos outros que, inclusive, não é exatamente da forma como enxergamos. Devemos ser mais gentis conosco mesmos e prestar atenção em nossas qualidades, ao passo que aprendemos a ser mais tolerantes com nossas limitações.

5. Se perdoe e aceite seus erros

Este também é um passo extremamente importante. Todas as pessoas erram. Não é à toa que a frase “errar é humano” ficou tão conhecida, pois o erro faz parte da natureza humana. Além disso, suas decisões do passado não podem te perseguir por toda a vida. É preciso se perdoar e seguir em frente.

Aceitar e assumir seus erros é uma forma de maturidade tremenda e faz parte da autoaceitação. Claro que é importante ter cuidado e pensar antes de agir, mas, em vez de ficar remoendo um erro passado, o melhor seria aprender com os erros e pensar sobre como vai ser daqui para frente. Entenda que o erro faz parte do seu desenvolvimento e é uma experiência de aprendizado.


Conclusão

Agora que você já sabe como a autoaceitação é importante não só para sua vida pessoal, mas também para sua carreira, o que acha de por as dicas que demos em prática? Cuidar de sua autoaceitação é tão importante quanto cuidar da autoestima. Portanto, não deixe de investir nisso e alcance melhores resultados para sua convivência consigo mesmo e com as pessoas à sua volta.

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