O post é bem curtinho mesmo e basicamente representa uma provocação.
Quer dizer então que você é dono ou dona de si, sabe tudo da empresa, vive para trabalhar e trabalha para viver. Trata todos como bem quer, sobe o tom quando precisa e traz aquela arrogância que já é peculiar no ambiente corporativo.Chega às 9h, sai às 20h30. No almoço, só trabalho, no jantar, mais trabalho, no fim de semana, confere o email ‘pois alguma emergência pode surgir, né’?. Whatsapp sem parar, afinal de contas, é importante estar ligado.Orgulha-se de dar broncas homéricas alguém, pois ‘faz parte da coisa’.
E se de repente tirarem o trabalho de você? O que é que sobra nessa história? Se topar, faça essa reflexão. Pense bem que vida é essa que você está vivendo e onde é que isso dá.
Ah, e não importa o cargo, o grau de experiência, todo mundo está suscetível a mudanças e intempéries do mundo exterior. Um dia fiquei sabendo de um caso de assédio moral bem grave, com humilhação, gritos e coisas do tipo. Quem sofreu perdeu a esperança, sentiu-se sem rumo, sem qualquer sensação de justiça, pois o responsável pela ação era de alto escalão, alguém da linha de cima.
“Nunca vai acontecer nada, infelizmente. Essas pessoas são poderosas”. Bom, poderosas ali, naquela zona de conforto. Mas o mundo não acaba na empresa.
[Tweet “E se de repente tirarem o trabalho de você? O que sobra na sua vida? Pensa aí. “]
Um dia as coisas mudam e até quem está no topo cai. Quer ver? Recentemente, uma startup bem quente nos EUA foi vendida para um grupo gigantesco. Sabe quantos dias até a operação fechar? 30 dias. Ou seja, compraram e mataram a empresa em um mês.
Então, assim como todo mundo, aquele super diretor também teve que colocar a pastinha debaixo do braço e ir para a rua, procurar uma nova ocupação.E as notícias rodam fora daquela zona de conforto, claro. Vai ser fácil alguém querer um profissional assim? Ah, e mesmo que ele abra uma empresa nova, aquele humilhado de ontem pode virar o principal cliente de hoje.
Ah, e isso falando apenas do mundo corporativo. Se voltarmos a falar de vida…vamos supor que ele não consiga um emprego num curto período de tempo. Lembra da pergunta do início do texto? O que é que sobra nessa vida que era só trabalho?
Recentemente um artigo fantástico foi publicado nos Estados Unidos: “A função de um gestor é garantir que seus funcionários tenham uma vida fora do trabalho”. Se quiser dar uma olhada, passa lá e veja o que acha.
Caso não tenha interesse, sem problemas. Mas lembre-se do exercício acima: e se tirarem o trabalho da sua vida. O que é que sobra?
Não falei que era curtinho?