A Geração Y, também conhecida como millennials, é maioria na força de trabalho. Essas pessoas, com idades entre o final dos 20 e início dos 30 anos, representam uma grande mudança no capital humano, antes dominados pelos baby boomers, nascidos entre o fim dos anos 1940 e meados dos 1960. No mercado turbulento e competitivo, precisamos de líderes trabalhando em colaboração com jovens profissionais dispostos a inovar e trazer novas soluções para o primeiro plano.
No ano passado, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) informou que 108 milhões de jovens da América Latina estavam enfrentando uma crise de desemprego. Dado este fato, você esperaria que os jovens se contentassem em aceitar qualquer trabalho que lhes chegasse. No entanto, observaram um fenômeno muito diferente: a escassez de empregos inspirou uma geração inteira a criar suas próprias soluções por meio de startups, muitas vezes resolvendo desafios sociais e ambientais que o mercado não conseguia resolver.
Em outra pesquisa de 2015, a Deloitte com mais de 7.800 profissionais qualificados, todos nascidos após 1982, mostra uma mudança geracional. A geração do milênio acredita que o objetivo dos negócios não é apenas lucrar: 51% dos entrevistados se concentraram na criação de empregos e na melhoria dos meios de subsistência, enquanto 44% afirmaram que os negócios visam melhorar a sociedade e o meio ambiente. Entretanto, apenas 46% falaram em geração de lucros.
Da mesma forma, um estudo da Net Impact de 2013 nos Estados Unidos descobriu que a meta de vida de 72% dos estudantes era ter um trabalho que causasse impacto nas causas que eram importantes para eles. Outros 58% estavam dispostos a reduzir seu pagamento em 15% se isso significasse trabalhar em uma organização que compartilhasse seu propósito.
A liderança jovem cria oportunidades
Quando o Airbnb foi fundado, o CEO Brian Chesky tinha 27 anos. Steve Jobs tinha 25 anos quando a Apple foi a público. Bill Gates tinha apenas 20 anos quando fundou a Microsoft. Líderes de negócios jovens têm a capacidade de alcançar coisas surpreendentes, apesar da inexperiência.
Ter uma liderança jovem é saber que eles se abrem para inventar o que é necessário em cada nova situação e como as oportunidades se revelam. Seus olhos estão voltados para a frente e na experiência presente. Eles trabalham no entendimento e iniciação com base no que está acontecendo agora.
Apesar de constituírem uma quantidade significativa da população, os jovens são (e sempre foram) altamente sub-representados no Brasil. Isso fica evidente pelo número de líderes jovens nas empresas, onde ainda é uma minoria o número de executivos que está na faixa dos vinte anos ou menos. E há dois pontos a serem destacados sobre os líderes mais jovens:
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A liderança jovem é necessária para o crescimento de uma empresa
Os jovens têm uma maneira muito diferente de ver o mundo. São vidas diferentes das que nasceram nos anos 1970. As pessoas mais velhas podem não saber o que é ser um estudante com acesso à Internet, por exemplo. São essas diferenças nas experiências que os tornam tão valiosos. Devemos nos esforçar para aprender umas com as outras, de descartar outros pontos de vista.
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É essa liderança que encorajam os jovens a se tornarem líderes.
Liderança é sobre conexão e representatividade. A conectividade produz conexões e conexões são precisas para inspirar alguém a grandes alturas e permitir que outras pessoas aprendam com suas experiências. É sobre se sentir representado, sobre sentir que você pode deixar pegadas grandes o suficiente nas areias do tempo.
Portanto, independentemente de como a sociedade vê a liderança jovem, é um fato que eles são os únicos a levar o mundo adiante. É crucial que eles tenham a chance de serem responsáveis pelo mundo antes de herdá-lo completamente.
Como preparar a sua empresa para receber essa liderança
Se os mais velhos não tiverem papéis claramente definidos ao trabalhar com equipes de liderança jovem, eles definirão os papéis por si mesmos. Alguns adultos se tornam ditadores, forçando sua própria agenda durante todo o processo de planejamento, outros estão preocupados principalmente em serem seus amigos, muitas vezes causando mais problemas disciplinares disruptivos do que as crianças. É necessário achar o equilíbrio, e como um bom líder escutar o que essa geração tem a agregar para também aprender.
A liderança colaborativa, no seu melhor, capacita todos os participantes a usar seus dons pessoais de forma a beneficiar todo o grupo. Um líder colaborativo faz perguntas perspicazes, ouve e convida membros do grupo para fazer parte de decisões mútuas. Um líder colaborativo é uma tocha com uma visão que ilumina o caminho para os outros.
Quando demonstramos respeito pela nossa juventude através de nossas palavras, ações e habilidades de liderança, quando os convidamos a um envolvimento total em nossas empresas, eles virão, permanecerão e vão trazer seus amigos. É assim que as organizações crescem.
Precisamos de líderes dispostos a perturbar o status quo, trabalhar lado a lado e defender as gerações mais jovens. Os melhores líderes procuram agregar valor a uma organização, não atrasá-la ou matá-la totalmente. Eles percebem que não têm todas as respostas e se beneficiarão dos insights de uma geração criada em meio à ruptura da rápida evolução da tecnologia, além de enxergar o mundo por meio de uma lente diferente.