Desenvolvimento pessoal, não espere a empresa pagar por isso!

Toda semana nossa equipe de consultoria lida com dezenas de possíveis clientes querendo contratar um serviço de desenvolvimento pessoal, de carreira e liderança. E um dos principais desafios enfrentados por essas pessoas é definir de onde tirarão o investimento necessário para dar este passo.

Alguns têm reservas de desenvolvimento, outros já estão com o dinheiro separado e alguns tentam conseguir apoio com maridos, esposas ou pais. Mas o fator número 1 de pensamento no investimento é: vou pedir minha empresa para pagar tudo ou uma parte!

E já posso te garantir: nem sempre elas conseguem alcançar este suporte financeiro e acabam deixando para lá uma atitude que já estava no roadmap delas (inclusive com o dinheiro reservado). Algo comum e que continua me assustando.

Vamos entender a razão. Antes de seguir: vamos partir do pressuposto que nosso personagem fictício possui, sim, condições de investir, mas queria que a empresa fosse responsável. Combinado?

Há alguns anos, tive uma professora excelente de gestão. Ela conhecia muito do mercado e dava dicas excelentes. Um desses conselhos tinha a ver com uma pergunta que ela fazia aos candidatos que entrevistava: “quando foi a última vez que você investiu no seu próprio desenvolvimento – pagando do seu bolso?”.

A pergunta era uma forma de conhecer os candidatos que efetivamente eram alinhados com seu desenvolvimento individual, com busca por melhoria contínua, daqueles que acabam ficando acomodados.

Sempre vi esta linha de raciocínio como algo extremamente interessante. Isso não significa necessariamente investir dinheiro. Com os cursos online e os workshops gratuitos muitas vezes podemos fazer investimentos que não saiam do bolso, mas demandem tempo, energia, vontade, priorização e disciplina.

Com as relações de trabalho se alterando e o destino de passar uma vida inteira na mesma empresa não sendo o padrão, creio que possamos ver as coisas sob uma ótica distinta. Já passou da hora de você entender que a responsabilidade do desenvolvimento da sua carreira é SEU. Sim, senhor ou senhora.

É você responsável por se desenvolver, como linha básica.

Cuidado com este pensamento simplório de que “se minha empresa não pagar, não faço”. Sabe o motivo? E se sua empresa lhe mandar embora nos próximos meses? E se você não tiver a capacidade de enxergar o mercado? E se sua empresa não tiver budget para desenvolvimento? E se seu chefe não der o apoio para se desenvolver?

Creio honestamente que essas perguntas, por si só, já devam fazer piscar uma luz amarela na sua cabeça. Se sua empresa não investir, invista você mesmo. Lembra do caso lá de cima? Estamos partindo do pressuposto que você tem interesse e até orçamento em se desenvolver.

Não caia na preguiça de esperar que alguém pague por algo que é seu.

Somos cientes da situação difícil que muitos brasileiros passam. Mas se você tem condições de investir seu tempo, energia, dinheiro ou vontade na sua carreira, invista. Mesmo!

Esperar que sua empresa faça isso por você pode ser um pouco ilusório. Se você tem condições, faça por você mesmo (a). Os que não caminham nesta direção, acabam vendo uma conta muito mais cara chegar, anos depois.

Se a questão for grana, pura e simplesmente, tente buscar soluções úteis para seu desenvolvimento.

  • Separar uma quantia pequena por mês para desenvolvimento
  • Cortar gastos supérfluos no curto prazo e refletir sobre o longo
  • Encontrar soluções bancárias melhores (bancos digitais, taxa 0)
  • Ver se algum dos seus hobbies podem se transformar numa atividade remunerada

Bom, realmente não é sobre dinheiro. É sobre entender que você é responsável pelo seu próprio desenvolvimento. Se ficar esperando alguém cuidar disso, você terá sérios problemas.


*Fernando Pacheco é CEO da Penser, especialista em Gestão, Carreira e Liderança, e sempre está em busca de novas leituras, estudos e ideias para compartilhar.

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